
Minha história
Ao longo de mais de uma década de atuação clínica, tenho trilhado um caminho de constante aprendizado e profunda conexão com meus pacientes. Descobri que meu maior propósito reside em transformar vidas, oferecendo um espaço seguro e de escuta atenta, fundamentado em uma base teórica sólida e inabalável compromisso com o sigilo e a ética profissional.
Assumo o ofício de psicoterapêuta, com fundamentação psicanalítica, convocando à análise singularidades que se presentificam sob as insígnias do mal-estar contemporâneo – seja na angústia que cinde o sujeito, na depressão que o petrifica, ou nos peculiares modos de gozo que se manifestam como transtornos de personalidade. Longe de uma escuta que visa meramente à supressão sintomática, meu convite é a uma imersão no território do inconsciente, onde a história do sujeito se tece na cadeia significante.
Reconheço em cada um a trama única de significantes que o constituiu, os traços deixados pelo Outro primordial que inscreveram o desejo e a falta. A técnica, para além de seu rigor, subordina-se à ética da psicanálise: a de uma escuta flutuante, que não se fixa na queixa manifesta, mas perscruta as formações do inconsciente – os lapsos, os sonhos, os atos falhos – que apontam para o sujeito dividido, para a verdade que insiste em não se dizer.
Não se trata de “acolher o ser humano por trás da queixa”, mas de sustentar a aposta de que a queixa é, ela mesma, uma forma de endereçamento do sujeito ao Outro, um apelo à interpretação que pode deslocar o gozo sintomático e reabrir o campo do desejo. Meu compromisso, portanto, não é com o bem-estar no sentido adaptativo, mas com a produção de um saber sobre o sofrimento, com a possibilidade de uma nova amarração dos significantes que permita ao sujeito construir sua própria saída, sua invenção singular diante do que o aflige.
É com a ética do "acolhimento" que se abre este espaço, um convite àquilo que se desvela na "linguagem". Não se trata de uma "jornada" predefinida, mas da "aposta no encontro" que pode deflagrar o "trabalho analítico". Sinta-se convocado(a) a explorar os significantes que o(a) habitam, permitindo que a "fala" opere e construa "novos percursos para o desejo".